
Pastor e presbítero foram condenados a pagar R$ 40 mil de indenização a uma mulher
Eles filmaram e divulgaram um vídeo dela em momentos íntimos com outro rapaz
A dupla agiu por entender que a vítima estava traindo o marido, de quem já havia se separado
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) manteve decisão que condenou um pastor e um presbítero a pagarem indenização de R$ 40 mil a uma mulher filmada por eles em momento íntimo com outro homem.
A sentença havia sido definida pela 1ª Vara de Pompeia e foi reafirmada pela 2ª Câmara de Direito Privado do TJ-SP, que fixou o valor da quantia a ser quitada por danos morais, uma vez que o vídeo foi divulgado pela dupla.
Relator do processo, o desembargador Álvaro Passos considerou que nem uma suposta traição da vítima justificaria o ato do padre e do presbítero. Ele apontou, ainda, o “efeito cascata” gerado pela divulgação de vídeos íntimos de mulheres nas redes sociais, tornando quase impossível sua retirada da internet.
“A atitude ilícita dos demandados é certa e confessa, sendo certo que eventual traição ao ex-cônjuge da requerente figura como aspecto que somente dizia respeito aos emocionalmente envolvidos e jamais legitimam a sua exposição”, declarou.
Entenda o caso
Segundo o TJ-SP, a mulher e seu ex-marido frequentavam rotineiramente a igreja onde atuavam o padre e o presbítero. Certo dia, a dupla viu a moça com um outro rapaz e julgou que ela estava traindo seu companheiro, sem saber que o casal já havia se separado.
Eles seguiram a vítima e invadiram a residência onde ela estava com o namorado. Quando a flagraram em momentos íntimos com o rapaz, decidiram filmar a ação.
Posteriormente, o vídeo foi enviado para o ex-marido da mulher e para um grupo nas redes sociais. Ao tomar conhecimento do episódio, a vítima entrou com ação por danos morais.
Não foram reveladas maiores informações sobre o caso, como as identidades dos envolvidos ou a data da filmagem.