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Cantora gospel sob investigação por atividades golpistas foi detida recentemente e agora compartilha uma cela no sistema prisional de Goiás com uma idosa e uma detenta grávida.
Fernanda Ôliver cantora gospel investigada por atos golpistas, a prisão ocorreu há quatro dias.
A investigação da Polícia Federal está centrada nas alegações de que ela instigou atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro, quando apoiadores de Bolsonaro invadiram os edifícios dos três Poderes em Brasília.
O advogado de defesa, Clebson Vieira Neres, revela que sua cliente foi alojada em um espaço distinto devido à sua ausência de antecedentes criminais e sua conduta ‘idônea’. Essa área privada contém apenas quatro celas e a cantora partilha uma cela com a detenta grávida e a idosa. Neres declara: “Nossa primeira preocupação foi garantir a segurança e o bem-estar de Fernanda. Levamos suprimentos, roupas e produtos de higiene fornecidos pela família”.
Em relação à audiência de custódia realizada em 17 de agosto, logo após a prisão de Fernanda Ôliver, ficou claro para sua defesa que a decisão sobre sua soltura estava nas mãos do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, o mesmo que expediu os mandados de busca e apreensão contra ela. Até o momento desta redação, o ministro ainda não havia tomado uma decisão sobre sua possível libertação.
Um pastor próximo à família, Luiz Carlos Silva, relata que a cantora está profundamente afetada pela prisão e ele teme que ela possa cair em depressão. Ele ressalta a inadequação do ambiente para alguém como ela, sem experiência de vida criminal. A família, de acordo com Silva, está desesperada com a situação e incapaz de seguir com suas atividades normais devido à preocupação pelo que pode acontecer.
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Clebson, o advogado, declara que, até agora, a defesa não obteve acesso aos detalhes do inquérito federal. Ele explica que se trata de um processo sigiloso e que só existe em formato físico. “Solicitamos à Procuradoria Geral acesso ao inquérito. Estamos aguardando a análise do pedido para entendermos as acusações específicas que Fernanda enfrenta e quais crimes estão sendo imputados a ela.”
O advogado reforça que não pode confirmar a participação de Fernanda nos eventos de 8 de janeiro, pois precisa ter acesso ao inquérito. No entanto, ele ressalta sua confiança na inocência da cantora.
Em relação a um possível uso de montagens, Clebson relata que durante sua conversa com Fernanda, ela mencionou que alguém poderia ter manipulado imagens e vídeos dela, dando a entender que ela esteve presente nos atos ou os incentivou.
O advogado afirma: “Ela me disse que fizeram uma montagem com um vídeo dela, algo que ela nega categoricamente. Na verdade, ela tem diversos vídeos em manifestações em Goiânia, cantando, mas sem nenhum problema. Se houver qualquer manipulação, pretendemos provar isso por meio de perícia.”
A defesa da jovem aguarda mais informações sobre as investigações e as provas apresentadas pela polícia contra Fernanda para tomar uma posição mais concreta.
